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terça-feira, 4 de setembro de 2012

CAI A MÁSCARA - OU O REI ESTÁ NU



Por João Nazareno Melo da Fonseca*

Em razão de documento veiculado através de email e do qual tomei conhecimento, me vi compelido a tecer a presente resposta:

O Sr. Antemar Campos, trabalhador público do judiciário baiano, digitador do sistema Juizado, bacharel em Ciências Sociais, militante do movimento sindical, filiado em dois sindicatos, SINTAJ “base da sua categoria” e SINPOJUD, onde o próprio se auto- intitula em “anomalia estatutária”, deu razão a uma cena lamentável e deselegante, pra dizer o mínimo.

O “grande líder”, infelizmente ou felizmente, deixou cair sua máscara na assembleia do SINTAJ do último dia 17 deste, quando se insurgiu contra a proposta inclusa no regimento eleitoral, de exigir que os membros da Coordenação do sindicato não poderiam estar filiados a outro sindicato, mais precisamente – embora não explícito, ao SINPOJUD. Nas suas palavras em documento divulgado e que chegou via e-mail às minhas mãos, refere-se à proposta regimental como “puxadinhos” e quanto a mim, fui tratado como escória, anomalia, “refugo do SINPOJUD”. Para que os leitores tenham uma ideia do seu destempero, transcrevo aqui suas palavras:

“Ah! Tenho que relatar o ato falho de minha parte na assembléia, que entristeceu e decepcionou algumas pessoas. Durante o debate sobre o tal do “puxadinho” casuístico (que falo no parágrafo seguinte), comecei um bate boca destemperado com um certo cidadão - refugo do sinpojud - que repetia mentiras sobre mim. Acusava-me esse cidadão de ter participado de sua suposta “expulsão” dos quadros do sinpojud. O que é mentira!!! E francamente não me lembro da data e nem se ele foi realmente “expulso”. Sei que ao que parece ele não faz nenhuma falta por lá. E disse que a maior anomalia estatutária era a presença dele naquela assembléia”.

Ora, só me manifestei quando fui tratado como refugo, portanto, ele foi o responsável pelo bate boca que se seguiu, mas o que nos interessa mesmo é saber o que o “grande líder” achou do marco histórico aprovado na assembléia? Vejamos o que ele diz:

“Entretanto, observamos uma novidade importante dentro do regimento interno – a criação do instituto do “financiamento sindical das chapas”. Espero que não seja “casuístico”.

Ai a pequenez do “grande líder”!! O que ele considera “casuístico” foi o que consideramos como um grande avanço para o movimento sindical, inclusive foi mencionado aqui na REDE. Quanto a participação dele na minha expulsão falarei em breve, mostrarei com a digitalização da ata dos que estavam presentes como ele é conveniente, tem uma memória seletiva do que lhe interessa lembrar. Esqueceu que votou que fazia parte da gestão e nem lembra se fui realmente expulso.

Pois, vamos ao que interessa: A minha filiação ao SINTAJ deu-se após minha expulsão, onde fui acolhido de braços abertos, principalmente pela minha história de lutas no Judiciário onde tenho participado ativamente e dado a minha contribuição. Não me considero e não sou tratado como “anomalia estatutária”, pelo contrário sou tratado com deferência e respeito.

Agora, vejam bem, se eu sou anomalia por estar fora, segundo ele, da minha “base” então ele reconhece sim, ser ele a “maior anomalia estatutária”. Por estar filiado ao SINPOJUD, que não representa a base dele. É elementar. É ele que se auto-intitula, não sou eu que o diz, embora não concorde com essa tese, quem sou eu para contradizer, se ele, o “grande líder”, quer assim se considerar, uma anomalia estatutária”. E mais, leva de roldão também o amigo dele, Edmo “El Rey” para o rol, segundo ele, da anomalia por estar filiado ao SINPOJUD.

Finalmente, ao se dar conta do descabido de sua ação naquela assembleia, o Sr. Antemar tentou se desculpar do destempero, que segundo ele teria sido um “ato falho”. Ora, ato falho é o que normalmente se pensa e tenta esconder da sociedade, é o real camuflado que, vez por outra escapole da amarra imposta, não aguenta a pressão e explode no tal de “ato falho”. Ai a máscara já caiu, dizer: “que entristeceu e decepcionou algumas pessoas”, não tem mais argumento que dê jeito. Afinal liberou o “modus operandi” do SINPOJUD do qual fez parte em várias gestões. O rei está nu.

Saudações sindicais

*Avaliador Judicial da Capital

Graduado em L. Filosofia, bacharelando em filosofia e Direito,

Pós graduado em Civil e Processo Civil pela EMAB/FBD.
Idealizador, Articulador e Fundador do SINPOJUD,

Hoje filiado ao SINTAJ.