MUDANÇAS, INOVAÇÕES E RESISTÊNCIA AO NOVO
O texto abaixo é direcionado a todos os colegas do Judiciário baiano, que por algum motivo tenha alguma resistência a tudo que seja novidade, tanto nas suas vidas profissional como na sua vida pessoal. Espero que sirva para que a gente reflita, reveja nossos posicionamentos, e que contribua para que nos dias 25 e 26 de novembro, votemos realmente na chapa que representa algo novo para nossa categoria, algo que vai dar um fôlego a mais para que nosso sindicato consiga enfrentar as mudanças que se fazem necessárias e se incorporar as novas realidades e aos desafios impostos a nossa categoria. Boa Sorte. Boa leitura e boa retenção.
"Não existe nenhuma razão para alguém ter um computador em casa", Ken Olsen, presidente da Digital Equipment Corporation - que vendia somente computadores de grande porte - 1977. "Acredito que o mercado mundial não comporta mais do que cinco computadores", Thomas J. Watson, presidente da IBM, 1943. "Quem no mundo gostaria de ouvir atores falando?", Harry Warner, da Warner Brothers Pictures, 1927. "O automóvel é só uma novidade. O cavalo está aqui para ficar", de um banqueiro americano a Henry Ford, desencorajando-o a investir na companhia Ford Motor em 1900. "Não gostamos dos sons de vocês. Além disto, conjuntos de guitarristas não têm futuro", de executivo da gravadora Decca, explicando aos Beatles em 1962 porque não investiria no conjunto.
As frases acima podem parecer absurdas aos nossos olhos de hoje, mas foram formuladas por pessoas que, na época, dominavam o conhecimento do assunto e, assim, tinham toda competência para afirmar o que disseram. E o fizeram com a segurança de sua experiência e domínio, bem como o respeito daqueles que as ouviam. Suas expressões eram as verdades da época. Essas citações são apenas exemplos de uma infinidade de outras afirmações já ocorridas e que acontecem a toda hora em pleno Século XXI. Elas são frutos do que se pode chamar de "paralisia de paradigmas".
Paradigmas são crenças / valores que nós temos e que fazem parte do nosso modo de ser pessoal e profissional. No entanto, quando estamos sob o efeito da "paralisia de paradigmas", elas atuam como filtros nos impedindo de ver com clareza novas idéias, as mudanças que se fazem necessárias para incorporar as novas realidades.
Frases como as citadas ainda são muito comuns hoje em dia e algumas expressões ocorrem com muita freqüência quando surgem as propostas de mudanças, tal qual acontece hoje com a nossa categoria, que vive esse momento eleitoral, com três chapas disputando a diretoria executiva do nosso sindicato SINPOJUD. Veja você mesmo se não as tem proferido constantemente:
- Sempre fizemos assim e sempre deu certo, por que mudar?
- Da forma que fazemos é melhor.
- Está tudo tão bem, para que mudar?
- Temos receio do que possa acontecer, é melhor não arriscar.
- Não se mexe em time que está ganhando.
- Precisamos de um tempo para ver isto.
- Francamente, eu ainda não sei se vale à pena e se a hora é essa.
Além da "paralisia de paradigma", existem diversos fatores que podemos elencar que levam as pessoas a se comportarem dessa forma, dentre os quais podemos destacar: Comodismo, medo do novo, medo do desconhecido, receio de perder o poder, desconhecimento do conteúdo das vantagens e/ou desvantagens das propostas que ora se apresentam e desconhecimento das mudanças que ocorrem no nosso ambiente interno e externo.
Todos esses fatores apresentados são pontos limitadores do novo, da criatividade, da iniciativa e até mesmo da sobrevivência pessoal e da nossa entidade, porque sem evolução diminui-se a competitividade profissional e organizacional da nossa categoria, prova disto é a grande rejeição que a atual diretoria executiva do SINPOJUD enfrenta neste momento.
As mudanças são hoje uma grande certeza que temos; elas acontecem em todas as áreas: no mundo empresarial, no comportamento das pessoas, no meio ambiente, na cultura, no trabalho, na tecnologia, na saúde e em todas demais áreas que se pode imaginar. Até mesmo na religião. E sua velocidade é cada vez maior. Nossa classe deve ficar atenta às oportunidades que ora se apresentam para não perdermos o bonde da evolução, infelizmente, existem muitos companheiros alheios a essas mudanças e estão, com isto, condenado o nosso sindicato a não crescer e evoluir democraticamente.
No meio corporativo, muitas organizações que até bem pouco tempo atrás foram grandes, símbolo de sucesso, acabaram "fechando as portas". Na maioria delas o motivo foi a sua dificuldade de adaptação às novas realidades, ao novo ambiente empresarial. Com elas ocorreu o mesmo que aconteceu com espécies animais da Pré-História, que eram os Mastodontes, que não se adaptaram às transformações e desapareceram, tornando-se hoje os fósseis. Faltou também a elas a simplicidade de entender que "Sucesso Presente ou Passado não garante Sucesso Futuro", pois é preciso evoluir. É necessário ficar em constante progresso, em sintonia com as mudanças.
No entanto, o receio de ser visto como resistente às mudanças não deve levar a assumir qualquer nova idéia sem um estudo adequado, pois elas devem ser fruto de análise de "coração aberto", com a prontidão necessária para incorporá-las e a clareza de visão para rejeitá-las total ou parcialmente. Mas é preciso sempre vê-las com bons olhos, porque a maioria gerará progresso em nós e em nosso sindicato, e a evolução é condição para nossa sobrevivência profissional e da nossa entidade.
Por isso, caros colegas, avaliem as propostas apresentadas pela nossa chapa 3 - REDE, com seus olhos e corações abertos, acreditando, que é possível sim que estes colegas que compõem a chapa 3, dêem continuidade ao trabalho desenvolvido pela atual diretoria do SINPOJUD, mas com a certeza que eles podem acrescentar muito mais a nossa categoria, em termos de humanização, descentralização, reduzir distorções salariais, ampliação da assessoria jurídica, intervenção junto a mesa diretora do TJBA com ações que visem a melhoria da qualidade de vida no trabalho etc...
Marcelo Castro Figueredo, Analista Judiciário/Oficial de Justiça Avaliador da Comarca de Itabuna-Ba. Delegado Sindical da Comarca de Itabuna. Economista Graduado pela UESC. Pós Graduação em Sociedade de Empresas de Economia Cooperativistas pela UESC. Aluno da Pós em MBA em Recursos Humanos pela FACINTER.
Olá companheiro! O agasalho que vc usa na foto demonstra que o frio não tava pra brincadeira. kk
ResponderExcluirO texto abarca esse dicotomia entre o novo e antigo, entre conservação e mudança. Lembrando que a escravidão durou 300 anos no Brasil e "parecia" eterna. Mas um dia ela caiu. Um grande abraço de luta.
Antemar Campos
Comarca de Salvador
Companheiro Antemar,
ResponderExcluira sua contribuição qualifica nossa discussão.
Agradecemos sua intervençao.
Grande abraço.
Mariliana