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sábado, 13 de novembro de 2010

“Os cães ladram e a caravana passa” ou “Os cães ladram e a REDE se implanta”

João Nazareno[1]


Ao ler a citação em um jornal da chapa 1, inscrita para concorrer às eleições do SINPOJUD, com um linguajar apelativo, irresponsável, injurioso contra toda a oposição ao sindicato e em especial com calúnias a meu respeito (as quais já estão sendo encaminhadas às devidas medidas judiciais), questionei à minha querida e dileta amiga Mariliana (companheira de muitas lutas no eterno presente), candidata a presidente do sindicato representando a REDE - Renovação Ética e Democracia, inscrita como chapa 3, qual seria o motivo de tanta fúria e de tanta maledicência. Em um jornal que deveria trazer propostas políticas de gestão para o sindicato, dar respostas convincentes às denúncias documentadas que têm sido feitas antes e durante o processo eleitoral mas, ao contrário, só o fel. Assim, fiquei a meditar sobre a velha citação “os cães ladram e a caravana passa”, e a me perguntar por que e para que os cães ladram?


Os animais têm sempre uma forma de demarcar seus pretensos territórios, uns urinam, outros travam lutas até a morte, mas os cães, embora tenham sido domesticados, mesmo assim, os cães latem, porque querem defender o seu território, ou melhor, o território que acham, que desejam, que pretendem que seja seu e só seu. Para isso latem, rugem, insanamente mostram as garras e os dentes em uma fúria sem tamanho e sem limites. Entretanto o cão foi domesticado, por que tanta fúria?


Para proteger, para defender um território, mesmo sendo domesticado, mas talvez esteja ai o “x” do problema, apesar da pretensa domesticação, é um ser desprovido de qualquer capacidade cognitiva, por ser irracional, ou seja, sem razão, e não tendo razão obviamente sem qualquer capacidade argumentativa, no máximo devem ter lampejos irracionais de que possa ser o território demarcado sua propriedade particular, que ali naquele espaço pode tudo contra todos, e aí late, ruge, mostra as garras e os dentes, na vã ilusão de amedrontar os passantes, que a eles pouca interessa quem possa ser, pois sua ânsia é só latir, latir, rugir, rugir, mostrar garras e dentes até a exaustão. O tempo passa e o seu latido, seu rugir, suas garras e dentes não assustam mais, minguam, perdem a força, definham.


Mas para que mesmo os cães ladram? Ladram também, e, principalmente, para defender o seu (a) dono (a), o seu (a) patrão (oa), pois para isso foi domesticado. Mas, se os cães são irracionais, nada pensam e, se pensam, não temos conhecimento, não temos como auferir, pois não falam, não argumentam, não fazem uso de sinais ou símbolos, apenas rugem, latem e latem na ânsia incessante de defender o seu (a) dono (a), que lhe alimentam, fazem alguns afagos, pequenas mordomias, uns mimos, mais também muitas chicotadas. Os cães, por serem irracionais não percebem os limites impostos pelas chicotadas, e tomem chicotadas... Faz parte da domesticação, mas, os mimos, os afagos, são muito agradáveis. E as mordomias? Perdê-las? Não! Já fazem parte da rotina, é o prêmio pelo latir, rugir e o incessante mostrar de garras e dentes para proteger os interesses do seu (a) amo (a), do seu senhor (a), do seu (a) patrão (oa).


E na carruagem, puxando a caravana, minha amiga Mariliana, você passa cheia de charme, de galhardia, de fé, confiança e luz, a iluminar a todos os corações, na implantação da Renovação Ética e Democracia no nosso sindicato, sem se deixar intimidar, pelos latidos, pelo rugir e mostrar de dentes e garras de seres irracionais, que na incessante insanidade de defenderem o que acham ser seu território, defendem nada mais que os interesses dos seus amos (as) e senhores (as).


Axé Lana, que seja feita a vontade do Pai.



[1]João Nazareno Melo da Fonseca é Avaliador Judicial da Capital, Idealizador, e ex-diretor fundador do SINPOJUD. Acadêmico de direito na UCSAL, concluinte de filosofia na UFBA e Pós graduando em Direito Cível e Processo Civil na EMAB.

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