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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Oposições, composições e balaio de gatos


Aproxima-se o momento eleitoral no SINPOJUD. Com isso, aumentam os rumores e especulações acerca de quem é oposição e discute-se a formação de um “bloco de oposição”, apregoando-se apoios os mais variados.

O movimento REDE faz uso do seu instrumento legítimo de comunicação, que é o nosso blog, para informar que embora tenhamos sido procurados pelas ditas oposições, não encontramos caminho viável para uma “unificação de oposições”. Não nos consideramos melhores ou piores que ninguém, apenas comungamos o pensamento de que o ideal para o nosso sindicato não é tão somente “tirar Zezé”. Isso seria simplista demais, combatemos principalmente o modus operandi.

Nossa ideia é uma real redemocratização da política sindical atual. Acreditamos num modelo sindical que privilegie a base, ou seja, o servidor, esteja ele filiado ou não. Fortalecer regionalmente a categoria, a nosso ver, é o primeiro passo para que isso aconteça. Se considerarmos a dimensão geográfica do nosso Estado, facilmente concluiremos que as demandas não podem ser tratadas uniformemente, pois cada realidade tem sua particularidade. Temos que eleger os pontos convergentes, sem, contudo, perder de vista as singularidades.

Dito isto, podemos perguntar: Quais as propostas e projetos das “oposições? Qual a proposta da REDE?

Pelos demais não podemos responder. Quanto à REDE, temos ao longo dos últimos anos apresentado várias propostas, lógico que não são propostas mirabolantes ou salvadoras da pátria. Temos a convicção que o sindicato precisa ter uma atuação mais transparente primeiramente. Não menos importante é um projeto de redemocratização, com o fortalecimento das instâncias deliberativas do sindicato, que devem transpor o mero requisito estatutário, para tornarem-se fóruns de discussão, onde o contraditório seja garantido e respeitado, pois é desse exercício dialético que se define o melhor caminho, e não o da submissão.

Ainda temos as searas jurídico-administrativas e estas não devem ser objeto de barganha. Direito líquido e certo existe para ser garantido, assim como toda e qualquer assistência jurídica deve ser garantida. O sindicato não é instituição recreativa, muito embora as diretorias específicas devam promover a socialização e bem-estar dos filiados. Crescimento patrimonial, embora seja algo positivo, é meio não é fim, não deve ser o maior objetivo do sindicato.

Desta forma, reiteramos o que falamos em outras oportunidades: que o mais importante é a formação de consciência política da categoria. Isso sim deve ser prioridade, oportunizando a todos compreender as demandas que nos são colocadas e possibilitando a construção de estratégias de reação às imposições patronais, ditadas pelo modelo capitalista vigente.

Por fim, manifestamos que a REDE não está disposta a compor ou se colocar como mero opositor. Não somos sindicalistas de ocasião ou de plantão. Não fazemos oposição por oposição ou por termos sidos preteridos ou ainda por simples circunstancias. Entristece-nos o fato de que, em duas décadas de sindicato, não vislumbrar novas lideranças, cerceadas claramente pelo atual modelo de gestão sindical. Ainda sonhamos com uma entidade verdadeiramente comprometida com os interesses da categoria como um todo. O poder pelo poder não é nosso objetivo, caso fosse, não teríamos problemas para entrar num balaio de gatos e comungar com esse modus operandi.

Movimento REDE

5 comentários:

  1. O que me deixa mais triste sobre a eleição que se aproxima, é a falta de um grupo que possa realmente mobilizar a categoria! É preciso entender que para se formar um grupo novo , tem que se participar das assembleia e tomar conhecimento dos acontecimentos, o que vejo sempre ,são pessoas que só aparecem quando antecipadamente se divulga que vai ser discutido algo sobre $$$$.

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  2. Itailson o que você levanta é a velha história do gato correndo atrás do rabo, em seus 21 anos de existência O SINPOJUD nunca procurou promover cursos de formação sindical, logo à categoria vive adormecida na ilusão que o sindicato tem que ter patrimônio, como se esse fosse o fim em si ou modelo de sindicato forte, o que é engano sindicato forte é categoria consciente preparada para os embates políticos e não apenas em busca de salários.Quando não está nem ai para suas condições de trabalho, exercendo quase em regime escravo e tem que funcionar as unidades/Cartórios com duas três pessoas, recebendo uma pressão descomunal e parece que nem é com ele só reclama mesmo por salário e conseqüentemente só se mobiliza em torno dele. Acha que vive stressado, ansioso, deprimido é só por falta de dinheiro, é também, não vê que a causa talvez maior seja as pessimas de condições de trabalho. Mas não se preocupe, nessa eleição vamos mudar esse “modus operandi” implantado no sindicato de imobilismo e alienação da categoria para as questões gerais. Venha você também para a REDE E FAÇA PARTE DESSA MUDANÇA.

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  3. Nazareno, tem algo no seu texto que concordo plenamente, "não é tão somente tirar Zezé", entendo que quem mais em deusa Zezé, é a oposição e mesmo aqueles que conhecem o estatuto do sinpojud a fundo, agi como se não soubesse que basta apenas se cobrar o estatuto para a coisa ser democrática, o 1º passo é a eleição do conselho de representante , se a oposição quisesse provocar a democracia de verdade unia forças para conseguir eleger a maioria do conselho! se essa peça funcionar como foi planejado todas as mazelas apontadas pelos opositores de Zezé se resolveria. Infelizmente os opositores tem sido como você mesmo diz "simplista"

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  4. É Itailson, o que queremos dizer como simplista é tirar Zezé e colocar o trio "sem rumo", que se diz oposição sem ser oposição a nada, está há anos participando do “modus operandi”, uma pratica viciada que vem se perpetuando, participaram e se beneficiaram das ultimas eleições fraudadas, portanto trocar Zezé pelo trio é trocar seis por meia dúzia e sem troco, significa a mesma gestão. Quanto ao que diz sobre o conselho de representantes, concordo, tenho conversado com os que ousaram fazer oposição e foram triturados, pelo que venho batendo o “modus operandi”, a questão agora é eleger uma nova gestão democrática, que tenha uma visão totalmente diferente deste grupo acima referido, e ai com democracia na gestão quem vier como delegado terá autonomia, não será manipulado, ai sim se cumprira o estatuto, agora não podemos cair no simplismo de eleger delegados e ficar a gestão na mão deste “modus operandi”, que só sabe manipular e fraudar eleição e trazer ao conhecimento o que de podre deve ter escondido, por ex. porque o Zé Valdice ganhou uma supervisão para ficar calado, quando bradou que não caia só, você tem resposta? Portanto esqueça essa visão de oposição se contentar com mudança de delegados isso não existe, é parte não é o fim em si do movimento REDE, queremos mudar todo o “modus operandi” do qual faz parte, toda a diretoria ai incluída o trio e também “El Rey”.

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  5. Nazareno
    Boa sorte, para a REDE e para todos nós, uma coisa é certa ,com Zezé ou não a frente, a próxima gestão vai ter que ser diferente!!!
    A falta de condição de trabalho já chegou ao limite!!

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