Está sendo divulgada uma posição da representante
da chapa 2, que disputou as últimas eleições, na qual deflagra um movimento
intitulado “SOU SINPOJUD, NÃO SOU PC DO B, e entendo que, embora tardia essa
posição, já que conviveu com a presença freqüente dos pcbistas em vários eventos
da categoria, ela é válida tão somente para que alguns colegas que ainda não
tinham conhecimento do fato fiquem alertas. No mais, sabemos que essa relação
entre o PC do B e a direção do nosso sindicato vem se estreitando ao longo
desses anos em que Zezé assumiu o sindicato, prova disso foi a presença
freqüente da deputada Alice Portugal nas assembleias, congressos e demais
eventos protagonizados durante essas gestões. A maneira como a diretora de
assuntos jurídicos do SINPOJUD levanta essa bandeira reforça, a nosso ver, a
despolitização da organização sindical. Por quanto tempo ainda manteremos nossa
categoria alienada, sem ser inserida na discussão política que já se encontra
na sede do poder do SINPOJUD, já que capitaneado por Zezé, que é uma liderança
do PC do B no judiciário? Por outro lado, a representante da chapa 2, esquece
que teve como candidato na sua chapa, um filiado a esse partido que está
repudiando e que este concorreu recentemente ao cargo de vereador em seu
município, não obtendo êxito, talvez por essa razão o apoio do seu partido ter
sido direcionado a Zezé, também filiada ao PC do B e que já está consolidada no
cenário estadual.
Para essa análise, convém informar que não foi
critério da chapa REDE, a filiação partidária para que pudéssemos compor, de
forma que podemos encontrar em nosso grupo, companheiros com filiação a partidos
diversos ou até não-filiados, porém foi essencial um compromisso ético com a
categoria e com a democracia para a construção de um novo modelo de sindicato,
o SINDICATO PELA BASE (que é a nossa proposta) e para essa construção
precisaremos discutir política sim, sindical e partidária, para compreendermos
as forças atuantes na sede de poder que dirige o SINPOJUD. Vejam no relato de
Jaciara, enviado por email no dia 25/11/2012, a descrição do aparato colocado à
disposição para a re re re re-eleição de Zezé, que aqui transcrevo:
“Ontem, durante os trabalhos de
apuração das nossas eleições, o estacionamento do SINPOJUD foi tomado por
militantes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) sob o comando da assessoria
do Gabinete da Deputada Alice Portugal, que acompanharam os resultados
parciais como se fosse ELEIÇÃO PARTIDÁRIA.
Transformaram nossa sede em PALCO DE
INSULTOS, com solta de fogos e URROS DE VITÓRIA de um resultado até então
não proclamado pela Comissão Eleitoral, já que ainda restam mais de 100
Comarcas sem encaminhar as atas de apuração.
Diante de tanta euforia (alguns em
estado de EXTASE), o que podemos concluir?
Porque todo esse
"investimento" numa eleição do SINPOJUD por um partido político?
Onde estavam os reais interessados nesse resultado? (...)”
Nessa condição qualquer que se proponha a disputar
eleições não terá chance, e nossa categoria, se despolitizada, continuará sendo
usada como massa de manobras nas mãos desses que discursam para jogar para
baixo do tapete aquilo que poderá esclarecê-la. Não defendemos o aparelhamento
do sindicato por qualquer partido que se proponha a isso, mas defendemos sim a
participação da base em todas as discussões, seja para a campanha salarial,
mudanças estatutárias ou alterações nas leis que regem nossa vida funcional,
assim como acreditamos ser muito importante a discussão político-sindical.
Durante nossa estada em Salvador, acompanhando a
apuração de votos da capital, discutimos e entendemos a necessidade de
continuar nosso trabalho com o MOVIMENTO REDE PELA BASE, não apenas com vistas
à participação em eleições, mas, sobretudo para trabalharmos a politização da
categoria. Nossa participação nesse processo foi positiva e novos parceiros
surgiram para oxigenar o grupo, trazendo ideias e novas estratégias de luta;
durante as apurações de urnas na capital, no dia 22 deste, foi fundamental nossa
presença para o estabelecimento do exercício da democracia; pontuamos pelo
cumprimento do nosso Estatuto sindical e impugnamos quatro urnas da capital,
além de muitos votos capitados de forma duvidosa. Identificamos falhas
estatutárias que não poderão mais existir nos próximos pleitos, sob pena de
inviabilização do processo eleitoral, de forma que uma reforma no capítulo que
trata das eleições será uma das nossas prioridades de trabalho.
A nossa tese estará sendo construída nessas bases e
queremos continuar a contar com essa parceria com todos que colaboraram neste
processo, cujos resultados avaliamos positivamente, já que entramos nessa
disputa sem condições financeiras, não tivemos tempo para fazer a campanha, pois
a comissão eleitoral cozinhou a nossa chapa até não podermos confeccionar nosso
material e divulgar nossas propostas, valendo ainda ressaltar que a maioria dos
nossos companheiros de chapa encontravam-se trabalhando e sem poder ausentar-se
para percorrer o Estado da Bahia.
Agradeço a companhia, a caminhada e o apoio de
todos que participaram de uma forma ou de outra acreditando na renovação que
poderemos trazer.
Grande abraço!
Mariliana
Campelo
Movimento
REDE PELA BASE
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