Companheiros,
Saímos dessa
eleição com o sentimento de dever cumprido e o compromisso de continuar a luta
pela organização dos servidores do Judiciário, com vista à criação de uma maior
massa crítica. São passados mais de 20 anos de SINPOJUD sem que nada tenha sido
feito, e continuam com propostas de despolitização... Não
podemos continuar com essa falta de consciência política reinante na nossa
categoria.
É triste ver
os companheiros não terem condição de perceber o que é oposição e o que é
engodo. Ou será que a categoria é tão conservadora a ponto de não entender ou até
fechar os olhos para o que esteve em jogo nestas eleições? Será que entendeu quando
um grupo que também está encastelado no poder e por questões pontuais rompe com
esse sistema com o qual compactuou, aprofundou, participou do mesmo modus operandi, inclusive se beneficiou
de fraude eleitoral? Lamentamos que o trio dissidente, todos bacharéis em
direito, que ditaram muitas das decisões equivocadas do sindicato, agora simplesmente
arregimentam novos e valorosos companheiros, nos quais se escudam para se
passar por oposição e isso passa despercebido pela categoria... Ou será que o
conservadorismo é tão grande que ainda precisamos dessa transição para o nada?
Tivemos a
clara percepção desse “não enxergar com clareza”, no fato de que companheiros
que se posicionaram contra esse modus
operandi em 2009, (fomos honrosamente reconhecidos por mais de
1.200 votos), e que teve o seu voto fraudado com a participação dessa dissidência,
a qual foi beneficiada ao se aliar e votar, negando assim o voto dado na
eleição passada, trocando a sua vontade de mudança, pela vontade de continuísmo
de alguns em nome de uma falsa oposição, com todo o respeito aos novos
companheiros que se agregaram a essa fraude eleitoral com a melhor das
intenções de fazerem uma real oposição, e/ou por serem em verdade conservadores
e sem terem clara essa postura, esse seu viés.
Conseguimos mostrar
com força e determinação a precariedade das eleições; na de 2009 fomos ao
Judiciário mostrando a nulidade das eleições e passados três anos, o processo ajuizado sequer teve o despacho inicial. Nesta última eleição mudamos a tática,
em face da ausência de resposta à medida judicial tomada, e fomos mostrar o
descumprimento das normas estatutárias na apuração das urnas de Salvador. Conseguimos
anular quatro urnas, praticamente todos os votos em separado e protestamos pela
nulidade dos votos considerados pela comissão apuradora como válidos, (vamos
recorrer nos prazos estatutários). Perdemos muitos votos? Sim perdemos, mas não
é do nosso perfil compactuar com os desmandos. Saímos 5hs da manhã da apuração,
onde foi acertado que os trabalhos recomeçariam com a chegada de todas as urnas
do interior. Fomos surpreendidos com a decisão de antecipar a retomada dos
trabalhos, não tínhamos condições físicas, inclusive o nosso advogado, então,
como o modus operandi da legenda
(chapa 1) e sublegenda (chapa2) é o mesmo, passaram por cima de todas as
irregularidades, já que as mesas do interior, assim como as da Capital, não
cumpriram as determinações estatutárias, pela simples razão do despreparo da
Comissão em orientar e preparar os presidentes e mesários, aliado com a falta
de compromisso da categoria em assumir tais funções, desta forma, temos uma
eleição totalmente nula materialmente.
Diante de
tal quadro, tendo em vista que o sindicato não renova seus quadros por falta de
cursos de formação sindical (haja vista a dificuldade da Comissão Eleitoral de
conseguir companheiros para assumir as mesas coletoras de voto) tornando as
eleições um verdadeiro caos: primeiro, por falta de preparo da própria Comissão;
segundo, por falta de colaboração da própria categoria que não percebe a grandeza
de um processo eleitoral para o processo democrático em geral e especialmente
do nosso sindicato, nós do movimento REDE, resolvemos fazer uma parceria com a
CUT/BA e assumir a oposição, como oposição Cutista, com isso levaremos as
bandeiras da CUT, que em verdade são as nossas e aproveitamos da sua estrutura
para a elaboração de palestras, cursos, seminários de capacitação sindical,
para que possamos criar uma massa crítica, estimular, motivar, preparando os
nossos companheiros para a participação consciente, por conseguinte os
motivando a saírem dessa zona de acomodação e assim se capacitem a liderar os
novos rumos do movimento sindical. Esse é o nosso compromisso para o triênio
2013/2016.
Aproveitamos
para apresentar aos companheiros, resumidamente, o que é a CUT e os seus princípios:
O que é a CUT
|
A
Central Única dos Trabalhadores (CUT) é uma organização sindical brasileira
de massas, em nível máximo, de caráter classista, autônomo e democrático,
cujo compromisso é a defesa dos interesses imediatos e históricos da classe
trabalhadora.
|
Baseada
em princípios de igualdade e solidariedade, seus objetivos são organizar,
representar sindicalmente e dirigir a luta dos trabalhadores e trabalhadoras
da cidade e do campo, do setor público e privado, ativos e inativos, por
melhores condições de vida e de trabalho e por uma sociedade justa e
democrática.
|
Presente
em todos os ramos de atividade econômica do país, a CUT se consolida como a
maior central sindical do Brasil, da América Latina e a 5ª maior do mundo,
com 3.438 entidades filiadas, 7.464.846 trabalhadoras e trabalhadores
associados e 22.034.145 trabalhadoras e trabalhadores na base.
|
Desde
sua fundação, a CUT tem atuação fundamental na disputa da hegemonia e nas
transformações ocorridas no cenário político, econômico e social ao longo da
história brasileira, latino-americana e mundial. Os avanços obtidos na
proposta de um Sistema Democrático de Relações de Trabalho e a eleição de um
operário à presidência da República em 2002 são fortes exemplos dessas
mudanças e resultados diretos das ações da CUT em sua luta incansável pela
garantia e ampliação de direitos da classe trabalhadora.
|
Os princípios:
|
A
CUT defende a liberdade e autonomia sindical com o compromisso e o
entendimento de que os trabalhadores têm o direito de decidir livremente
sobre suas formas de organização, filiação e sustentação financeira, com
total independência frente ao Estado, governos, patronato, partidos e agrupamentos
políticos, credos e instituições religiosas e a quaisquer organismos de
caráter programático ou institucional.
|
MOVIMENTO REDE – OPOSIÇÃO CUTISTA
PELA BASE
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