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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

MOVIMENTO REDE – OPOSIÇÃO CUTISTA PELA BASE




Companheiros,

Saímos dessa eleição com o sentimento de dever cumprido e o compromisso de continuar a luta pela organização dos servidores do Judiciário, com vista à criação de uma maior massa crítica. São passados mais de 20 anos de SINPOJUD sem que nada tenha sido feito, e continuam com propostas de despolitização... Não podemos continuar com essa falta de consciência política reinante na nossa categoria.

É triste ver os companheiros não terem condição de perceber o que é oposição e o que é engodo. Ou será que a categoria é tão conservadora a ponto de não entender ou até fechar os olhos para o que esteve em jogo nestas eleições? Será que entendeu quando um grupo que também está encastelado no poder e por questões pontuais rompe com esse sistema com o qual compactuou, aprofundou, participou do mesmo modus operandi, inclusive se beneficiou de fraude eleitoral? Lamentamos que o trio dissidente, todos bacharéis em direito, que ditaram muitas das decisões equivocadas do sindicato, agora simplesmente arregimentam novos e valorosos companheiros, nos quais se escudam para se passar por oposição e isso passa despercebido pela categoria... Ou será que o conservadorismo é tão grande que ainda precisamos dessa transição para o nada?

Tivemos a clara percepção desse “não enxergar com clareza”, no fato de que companheiros que se posicionaram contra esse modus operandi em 2009, (fomos honrosamente reconhecidos por mais de 1.200 votos), e que teve o seu voto fraudado com a participação dessa dissidência, a qual foi beneficiada ao se aliar e votar, negando assim o voto dado na eleição passada, trocando a sua vontade de mudança, pela vontade de continuísmo de alguns em nome de uma falsa oposição, com todo o respeito aos novos companheiros que se agregaram a essa fraude eleitoral com a melhor das intenções de fazerem uma real oposição, e/ou por serem em verdade conservadores e sem terem clara essa postura, esse seu viés.

Conseguimos mostrar com força e determinação a precariedade das eleições; na de 2009 fomos ao Judiciário mostrando a nulidade das eleições e passados três anos, o processo ajuizado sequer teve o despacho inicial. Nesta última eleição mudamos a tática, em face da ausência de resposta à medida judicial tomada, e fomos mostrar o descumprimento das normas estatutárias na apuração das urnas de Salvador. Conseguimos anular quatro urnas, praticamente todos os votos em separado e protestamos pela nulidade dos votos considerados pela comissão apuradora como válidos, (vamos recorrer nos prazos estatutários). Perdemos muitos votos? Sim perdemos, mas não é do nosso perfil compactuar com os desmandos. Saímos 5hs da manhã da apuração, onde foi acertado que os trabalhos recomeçariam com a chegada de todas as urnas do interior. Fomos surpreendidos com a decisão de antecipar a retomada dos trabalhos, não tínhamos condições físicas, inclusive o nosso advogado, então, como o modus operandi da legenda (chapa 1) e sublegenda (chapa2) é o mesmo, passaram por cima de todas as irregularidades, já que as mesas do interior, assim como as da Capital, não cumpriram as determinações estatutárias, pela simples razão do despreparo da Comissão em orientar e preparar os presidentes e mesários, aliado com a falta de compromisso da categoria em assumir tais funções, desta forma, temos uma eleição totalmente nula materialmente.

Diante de tal quadro, tendo em vista que o sindicato não renova seus quadros por falta de cursos de formação sindical (haja vista a dificuldade da Comissão Eleitoral de conseguir companheiros para assumir as mesas coletoras de voto) tornando as eleições um verdadeiro caos: primeiro, por falta de preparo da própria Comissão; segundo, por falta de colaboração da própria categoria que não percebe a grandeza de um processo eleitoral para o processo democrático em geral e especialmente do nosso sindicato, nós do movimento REDE, resolvemos fazer uma parceria com a CUT/BA e assumir a oposição, como oposição Cutista, com isso levaremos as bandeiras da CUT, que em verdade são as nossas e aproveitamos da sua estrutura para a elaboração de palestras, cursos, seminários de capacitação sindical, para que possamos criar uma massa crítica, estimular, motivar, preparando os nossos companheiros para a participação consciente, por conseguinte os motivando a saírem dessa zona de acomodação e assim se capacitem a liderar os novos rumos do movimento sindical. Esse é o nosso compromisso para o triênio 2013/2016.

Aproveitamos para apresentar aos companheiros, resumidamente, o que é a CUT e os seus princípios:

O que é a CUT
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) é uma organização sindical brasileira de massas, em nível máximo, de caráter classista, autônomo e democrático, cujo compromisso é a defesa dos interesses imediatos e históricos da classe trabalhadora. 
Baseada em princípios de igualdade e solidariedade, seus objetivos são organizar, representar sindicalmente e dirigir a luta dos trabalhadores e trabalhadoras da cidade e do campo, do setor público e privado, ativos e inativos, por melhores condições de vida e de trabalho e por uma sociedade justa e democrática. 
Presente em todos os ramos de atividade econômica do país, a CUT se consolida como a maior central sindical do Brasil, da América Latina e a 5ª maior do mundo, com 3.438 entidades filiadas, 7.464.846 trabalhadoras e trabalhadores associados e 22.034.145 trabalhadoras e trabalhadores na base.
Desde sua fundação, a CUT tem atuação fundamental na disputa da hegemonia e nas transformações ocorridas no cenário político, econômico e social ao longo da história brasileira, latino-americana e mundial. Os avanços obtidos na proposta de um Sistema Democrático de Relações de Trabalho e a eleição de um operário à presidência da República em 2002 são fortes exemplos dessas mudanças e resultados diretos das ações da CUT em sua luta incansável pela garantia e ampliação de direitos da classe trabalhadora. 
Os princípios:
A CUT defende a liberdade e autonomia sindical com o compromisso e o entendimento de que os trabalhadores têm o direito de decidir livremente sobre suas formas de organização, filiação e sustentação financeira, com total independência frente ao Estado, governos, patronato, partidos e agrupamentos políticos, credos e instituições religiosas e a quaisquer organismos de caráter programático ou institucional.

             MOVIMENTO REDE – OPOSIÇÃO CUTISTA PELA BASE


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