O sindicato é um importante instrumento de luta e de transformação não apenas da realidade do trabalhador, mas também da sociedade no qual ele está inserido.
Partindo desse entendimento, sempre acreditamos na importância de se discutir a conjuntura político-econômica que permeia a vida dos trabalhadores ao longo do tempo, para a compreensão das disputas que são colocadas no mercado de trabalho e os Servidores do Poder Judiciário, igualmente vivenciam as imposições do mercado como qualquer outro trabalhador.
Percebemos, a partir de uma breve análise de conjuntura, que a diretoria que se perpetua com jogo de trocas entre cargos para dar uma aparente idéia de renovação não tem desenvolvido uma política sindical apropriada aos novos tempos políticos e sociais, isso já dissemos anteriormente no texto MANIFESTO DO MOVIMENTO PELA RENOVAÇÃO, ÉTICA E DEMOCRACIA SINDICAL, publicado em nosso Blog e, por esta razão, achamos interessante observar as movimentações à boca das eleições sindicais onde dirigentes que compactuaram com a história do autoritarismo ou “despotismo”, para usar uma palavra veiculada em texto que chegou ao conhecimento público, como um grupo que irá promover mudanças de concepções ideologicamente contraditórias com o que a história do movimento de oposição do SINPOJUD mostrou.
Os integrantes da REDE, como já apresentados nesse blog em várias publicações, e em breve histórico citado no link acima citado, rompeu com todo o estado de coisas que à época de suas militâncias e participações em diretoria da entidade se achavam em dissonância com seus princípios éticos político-sindicais e que significavam suprimir a verdade da relação diretoria-base. Basta dar uma “espiadinha” em nossas publicações para se ter uma visão da atualidade das nossas propostas, da clareza em nossas concepções democráticas e de como o que está registrada aqui serviu, de alguma maneira, para alterar rumos e impulsionar algumas ações da atual diretoria. Desta forma, se vamos discutir democracia e mudanças vamos tratá-las verticalmente, resgatando a história real da construção do SINPOJUD, que ao contrário do que convenientemente é divulgado, não surgiu apenas em 2001, tampouco sua oposição é criança de apenas cinco anos. Trazemos então para vocês, de quem essa história foi furtada, um registro da oposição de 1997, já na segunda disputa eleitoral contra a diretoria da época para que façam as suas reflexões.
O resgate histórico é muito importante para entender o presente.
ResponderExcluirParabéns!
Quero aproveitar as reflexões que se apresentam neste momento pré-eleitoral para esclarecer ao Sr. Antemar e à categoria, que o mesmo rodou, rodou, mil arrodeios e concretamente não apresentou qualquer proposta concreta cerca de “para que serve um sindicato”. Não basta pontuar, genericamente, os nós, os gargalos ou ... “Só nos posicionamos com radicalidade sobre nomes ou vetos a possíveis nomes. Não discutimos uma gama variada de problemas existentes nos sindicatos e no sindicalismo em geral e, particular, no nosso sindicalismo do judiciário baiano”... Traga a discussão dos pontos, o seu pensamento, a sua proposta acerca de cada um deles, pois as propostas da REDE estão no blog já há anos, inclusive com elogios seus. Quanto aos meus comentários pessoais, sobre nomes, não se trata de qualquer revanchismo, ou veto pelo simples prazer de vetar, (quem sou eu para vetar alguém) mas só quero traçar um paralelo com a Comissão da Verdade que ora se reúne em Brasília para resgatar a verdade das atrocidades do regime militar; guardadas as devidas proporções, é imperiosa neste momento uma comissão da verdade da história do SINPOJUD, de suas mazelas, de seu autoritarismo. Foram sim, algozes em varias situações, e isso não podem esconder e também não podem só ser responsabilizado El Rey ou a rainha do Nilo, mas toda a diretoria que participou ativa ou omissa desse processo que vem durando há anos no sindicato, portanto repetimos, não é revanche, é restaurar a verdade, inclusive de uma oposição que vem vergonhosamente sendo massacrada em uma tentativa insana de desqualificá-la, fraudada em varias eleições, onde já houve autorização judicial de intervenção no sindicato; a última eleição ainda está sub judice, e a atual diretoria inteira responde a uma queixa crime por calúnia e difamação em resultado da sua inconseqüência como diretoria e chapa. Sei Antemar, que você é um ardoroso defensor da Comissão da Verdade, então lhe pergunto: dá para compor, fazer alianças políticas com os torturadores do regime militar? Com as devidas proporções, não consigo conceber alianças com quem fraudou eleições, caluniou, difamou, foram sim meus algozes e de vários ex-diretores do sindicato, fazer alianças por conveniência, por interesses pessoais, não combina com o nosso perfil.
ResponderExcluirJoão Nazareno Melo da Fonseca
Avaliador Judicial da Capital
Idealizador, articulador e fundador do SINPOJUD
Nazareno, a ideia central do texto não era “fechar” uma proposta sobre qual modelo de sindicalismo a oposição – ou as frações de posição – deveria defender. Mas abrir a possibilidade do debate de unificação. Seria presunção da minha parte colocar quais propostas a oposição, grupos de oposição, frações e independentes devessem defender. Particularmente e pessoalmente, quando permitem – no caso do sinpojud - sempre fiz a externação ou defesa das minhas propostas sempre manifestando o que penso sobre algo nas assembléias, fóruns, congressos, redes sociais e etc.
ResponderExcluirMas percebo quão difícil é a formação de um bloco contraposto a atual presidente do sinpojud.
Vejo que o melhor mesmo é cada grupo formar sua chapa, e pronto! Esperamos mais três anos de gestão da atual presidente do sinpojud.
Sobre a política de alianças e a analogia com a “comissão da verdade”, digo o seguinte: não podemos enquadrar a realidade que nós cerca dentro da nossa vontade, ou adaptar a realidade às nossas vontades. A “comissão da verdade” é fruto de transformações advindas nos curso da luta política desde a eleição de Lula. Um governo fruto de alianças com segmentos que colaboraram ativamente com a ditadura militar. Sejamos práticos: não creio que o governo do presidente Lula com ministros que colaboraram ativamente com a ditadura militar, possibilitou a criação da “comissão da verdade”. Nem por isso o presidente Lula é traidor ou contribuinte com a comissão da “inverdade”. Ou não?
Antemar Campos - trabalhador público do judiciário baiano