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sábado, 22 de maio de 2010

AOS REVOLUCIONÁRIOS



No momento, escutamos o grito, antes preso na garganta, que ecoa nas pequenas reuniões, diversas discussões regionais de servidores, nas assembléias e agora repercute na imprensa. O servidor cansou de ser ignorado, ele quer ser ouvido, ele quer participar e interferir no processo de moralização da sua entidade sindical e do judiciário baiano.

Para estes que se indignaram com a falta de justiça, com o descaso com a coisa pública e com o coletivo, é que nos dirigimos, para informar que enxergamos uma luz além da caverna e a verdade, antes envolta em sombras, hoje se descortina. Os loucos e revolucionários são os gênios ininteligíveis para uma maioria cansada demais para pensar, acomodada na água morna que não demora a ferver e a lhe cozinhar. Alguns já saltaram da panela, já saíram da caverna; outros ainda estão ofuscados pela luz, sem saber o que virá depois dela, outros tantos fazem a história com a verdade que foi encontrada.

B R A V O ! B R A V O ! Essa é a palavra certa para apoiar e incentivar os que protagonizam esse momento histórico na construção de uma consciência crítica dentro do movimento sindical dos trabalhadores do judiciário baiano.

Seguremos as rédeas, sim! O sindicato somos todos nós, organizados com um objetivo em comum: Queremos respeito, dignidade de vida e isso passa pelo respeito ao servidor no seu cotidiano de trabalho, através das relações democráticas entre “patrão-empregado”, entre “trabalhador-cidadão” e “cidadão-trabalhador” e claro, por uma remuneração justa, sem maquiagens ou penduricalhos.

A assembléia do dia 07 de maio foi histórica não pela manifestação de descontentamento da categoria através do apitaço, vaias ou narizes de palhaço estampada nos muitos rostos de colegas que lá estavam para protestar. Ela foi histórica pela energia da mobilização envolvida e desenvolvida por alguns companheiros que se dispuseram a discutir e democratizar os espaços para essas discussões, pela compreensão de que cada um de nós pode colaborar e construir o novo, o ético e o democrático. Ela foi histórica porque conseguiu transformar muitos interesses em um interesse único, comum e coletivo, dando-lhe força para legitimar um movimento paredista cuja principal bandeira perpassa a discussão da moralização das relações que permeiam a estrutura de poder do Tribunal de Justiça da Bahia.

No entanto, não posso deixar de considerar, que em se tratando de espaço democrático, não podemos esquecer de exercitar esse princípio, a meu ver, fundamental para o estabelecimento de forças na consecução das nossas lutas. Não podemos repetir o erro que apontamos em alguns dirigentes sindicais, como o autoritarismo e intimidação, que muitas vezes impedem os participantes de uma assembléia de manifestar sua posição, suas idéias e propostas. Devemos, é evidente, nos precaver das manobras perpetradas para envolver a categoria em engodos, entretanto, precisamos da garantia do estabelecimento de uma ordem democrática que possibilite a discussão das nossas questões de forma a esclarecê-las e encaminhá-las adequadamente com vistas ao êxito das nossas reivindicações e lutas.

Estaremos juntos na luta por dias melhores!

Mariliana Campelo
Movimento pela Renovação, Ética e Democracia

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