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quinta-feira, 8 de julho de 2010

SOBRE OPOSIÇÃO, VELHAS LIDERANÇAS E O DESEJO PELO NOVO


Lucas (lucasnascimentosilva2@hotmail.com) disse...

É preciso haver renovação nos sindicatos, mas de idéias e projetos, não apenas de pessoas. Hoje o que vemos são sindicalistas profissionais que aí estão há vários anos, ou à frente dos sindicatos ou tentando, sem sucesso, toma-los. Tivéssemos uma oposição competente, esta diretoria que aí está, não teria ganho a eleição com 80% dos votos. Gente, será que não vai aparecer nada novo para mudar este cenário? Serão sempre os mesmos sentados nas diretorias e sempre os mesmos fazendo oposição? Zezé vai se aposentar como presidente do Sinpojud e Edmo e sua turma vai se aposentar como oposição, a exemplo do colega Nazareno? Envelhecer tentando tomar, sem sucesso o sindicato? Acho que se Edmo e outros tivessem dedicado este tempo ao trabalho, estariam em situação bem melhor e deixariam espaço para novas pessoas e novas idéias. Renovação Já! Mas não apenas de pessoas!

3 de julho de 2010 05:54


As colocações do colega Lucas, postadas na forma de comentário em um de nossos textos, suscitam uma discussão interessante: a ausência de novas lideranças e a conseqüente não-renovação dos quadros diretivos do sindicato. Acreditamos que, em parte, isso se deva à postura centralizadora que o sindicato assumiu durante todo esse tempo.

Desde sua fundação, o SINPOJUD tem adotado uma política que evidencia muito a figura do presidente, e, via de regra, os dois últimos presidentes foram emblemáticos em suas gestões personalistas, cada um a seu modo, nessa ação centralizadora. Aliás, um é copia do outro. Acreditamos muito numa proposta colegiada de gestão, como feita no SINTAJ, por exemplo, e no fortalecimento dos fóruns de discussão da categoria para o favorecimento da democratização e conseqüente descentralização.

Uma questão a ser considerada é a dimensão territorial do nosso Estado. As dimensões físicas dele trazem peculiaridades em vários níveis, seja na própria gestão do TJ e, especificamente na questão sindical.

Num estado com essas proporções, há que se desenvolver uma estratégia de integração que busque o fortalecimento por regiões, com a criação de núcleos regionais, tanto de discussão quanto de assistência ao servidor, favorecendo uma descentralização territorial e de poder.

Outra questão a ser discutida é o conceito de “oposição”. Não acreditamos que deva ser visto tão somente pela ótica de “opositor”. A discordância nem sempre significa oposição sistemática, essa sim é extremamente prejudicial em qualquer situação. Nossa categoria precisa experenciar a prática do contraditório e filtrar as situações de “oposição sistemática” e a dialética necessária dentro de qualquer processo construtivo.

Observem que os componentes da REDE em nenhum momento desta greve se colocaram com postura de ataque a direção do SINPOJUD, sempre apresentamos propostas e avaliações construtivas, para o movimento, ignoramos nossas divergências, que inclusive passa por um processo judicial como conseqüência das ultimas eleições, visando a anulação da mesma, com alguns lances cômicos, para não dizer trágicos, para o bom funcionamento da Justiça.

O que temos visto até então é um temor de tudo quanto é classificado como “contra” e conseqüentemente figura na condição de opositor. Não existe a dialética do contraditório, pois qualquer posição que não agrade é taxada como “de inimigos”, sobre os quais é colocado um rolo compressor. Havendo discussão é normal existir contraditório, o que é fundamental para o exercício democrático e para o amadurecimento da categoria, que facilmente aprenderá a identificar possíveis “oposições oportunistas”.

Quanto ao tema da renovação diretiva ou de lideranças, essa problemática passa, essencialmente, pelo que de mais democrático possa haver para tanto: o processo eleitoral. Nosso sindicato, nesse sentido, carece de uma urgente reforma estatutária. O processo eleitoral sofre intensamente com a legislação estatutária vigente. Marcado por dubiedades e omissões, o estatuto não possibilita o desenvolvimento de um processo eleitoral igualitário entre chapas concorrentes, e está aberto a fraude, como ocorreram em todas as eleições com mais de uma chapa concorrendo. Não houve uma eleição que não barrasse em processo, sempre com julgamentos no Tribunal, tendenciosos, a manter as diretorias submissas no poder.

Por fim, Nazareno e a REDE, quando se colocaram como alternativas, o fizeram exatamente por faltar novas lideranças dispostas a enfrentar essa situação de descalabro reinante no sindicato, da qual têm plena consciência e por esta razão estão sempre disponíveis para o embate sindical.

Assim como o colega Lucas, também desejamos novas lideranças no processo, mas que venham com espírito público, de compromisso com a ética, com a moralidade e com a categoria; cientes da necessária alternância de poder e do compromisso com um serviço público de qualidade para população, que é o nosso usuário final e não com o objetivo de se aproveitarem do cargo para amealhar vantagem pessoal de adicional, transferência para Capital ou outros interesses meramente pessoais e financeiros.

Somos pela Renovação, pela Ética e pela Democracia!

Movimento REDE.

2 comentários:

  1. Não adianta mentir e enganar a categoria, não venha com esta conversa molhe pra boi dormir, vocês se aproveitaram deste movimento grevista para atacar o sinpojud e suas diretoria, sabendo que este movimento foi iniciado por nós servidores dos Juizados, vocês não prestam nem para defender o sindicato de vcs, quanto mais se dizer ou surgir como liderança de alguém. Basta, vocês da rede são cria desse turma, vcs não enganam a ninguém. Vão lavar roupa nas horas vagas, pq esta categoria não vai colocar vc em lugar nenhum.

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  2. Votei na Chapa 3, Rede, e votaria novamente. Há que se ver que a atual presidente do Sinpojud vive do passado, como se museu fosse. O Movimento Sem Padrinhos parece equivocado, não só pela presença do Edmo Lima, mas pela divisão que causa quando tenta resolver a injustiça salarial no TJ, além de promoverem ataques extremamente agressivos contra seus desafetos... mostra que seriam perigosos no poder. Fazendo justiça, salva-se o Osenar, que é bastante ponderado, mas que jamais obterá permissão para comandar o sindicato.
    Nesse momento de confusão, incertezas e temor pelo nosso futuro dentro desse poder que massacra sem piedade, o movimento Rede tem se saído bem nas suas propostas bem ponderadas e realistas. Mostram-se dignos de uma chance de mostrar o seu trabalho em favor da categoria.

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