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domingo, 15 de julho de 2012

FORMAÇÃO POLÍTICA: QUAL SUA REAL IMPORTÂNCIA?



Em qualquer conjuntura, especialmente numa conjuntura eleitoral, é inevitável e que se façam questionamentos e especulações. Nessa perspectiva, os discursos ganham forma, que não se traduzem, necessariamente, em fatos concretos.

No nosso caso específico, interessa-nos a reflexão acerca do momento eleitoral do nosso sindicato, momento esse que não se encerra nele mesmo, mas que se transporta para vários outros momentos de sua atuação política, e que diretamente traz reflexos na vida funcional/profissional dos seus representados, filiados ou não.

Seria oportuno perguntar: Como se gesta a formação política de uma categoria? Como se constroem e se consolidam as lideranças?

Indo por partes, tecemos algumas considerações á respeito da formação política de uma categoria. Formar politicamente deve ser exercício contínuo, que se traduz numa relação dialética onde é oportunizado o debate de ideias. Não é mera transmissão de conhecimentos através de palestras, seminários, ou apresentação de dados. Tudo se torna inócuo se não se estabelecer uma relação dialógica entre os envolvidos nesse processo.

Nossa categoria padece sobremaneira da falta de formação política. O reflexo direto dessa situação transparece em assembleias e fóruns de discussão esvaziados quando a motivação não é financeira. Discutir relações e condições de trabalho parece enfadonho para muitos, que deixam passar despercebidos esses aspectos e suas consequências em sua vida funcional, por exemplo.

Quantos delegados sindicais, quando existem nas comarcas, não têm grande dificuldade em reunir colegas para discutir assuntos de interesse do coletivo, pois há uma cultura de que o que não lhe atinge diretamente não interessa? Nesse caso, evidente fica a falta que formação e consciência política fazem.

Outro ponto contundente é a reiterada expectativa por “salvadores da pátria”. Espera-se que surja alguém com o discernimento pra empreender lutas eminentemente coletivas, cujo desdobramento mais nocivo é a criação maniqueísta de “mitos e monstros”, que estariam relegados aos contos de fadas, caso houvesse uma formação política consistente.

Vinculado diretamente à formação política está a construção de lideranças. Ora, de onde mais surgiriam essas lideranças se não do exercício de politização? Voltamos mais uma vez à nossa categoria, quantas lideranças foram identificadas e fortalecidas ao longo desse tempo? Diríamos que muito pouco, quase nada.

Das que aí estão ou estiveram, muitas foram gestadas no pleno exercício de formação política dos grêmios estudantis, dos grupos de jovens da Igreja, de associações das mais diversas, da orientação político-partidária que receberam. Muitas vieram alçadas a reboque, algumas evoluíram politicamente, outras não.

No bojo dos questionamentos e especulações é natural, e até mesmo salutar, a avaliação das lideranças existentes, sem perder de vista a motivação da ausência de novas lideranças. Fala-se em lideranças oportunistas, que surgem sempre em momentos eleitorais. Não podemos deixar de falar das lideranças oportunistas de plantão, presentes em vários momentos, que com perfil personalista chamam pra si os louros de embates e conquistas coletivas.

É preciso reconhecer as boas lideranças. Comprometidas não com projetos pessoais, mas com o coletivo. Embora escassas, elas existem. Daí uma pergunta: Como diferenciar lideranças e lideranças? Mais uma vez, vem a necessidade da formação e consciência política, que oferece subsídios pra entender que discurso não é verdade absoluta e sim verdade projetada. A diferenciação, portanto, se dará no campo das ações; estas sim balizadoras para decidir por onde seguir.

Movimento REDE

quarta-feira, 11 de julho de 2012

CARTA DE FEIRA



O movimento REDE esteve reunido no último dia 07/07/2012, em Feira de Santana, para a definição dos rumos do movimento no próximo pleito eleitoral do SINPOJUD.

Na oportunidade, foi realizada análise da conjuntura atual do movimento sindical Nacional, Estadual e especificamente dos Servidores do Judiciário Baiano e repassados os informes das últimas eleições para os novos participantes. Foram apresentados e discutidos pontos que envolveram o último processo eletivo, este por sinal eivado de vícios, que resultaram no ajuizamento de ação própria, e que até o momento, teve movimentação apenas na transferência da Justiça do Trabalho para a Comarca de Itabuna, sem qualquer explicação e retorno para Justiça do Trabalho, com posterior redistribuição para a 15ª Vara Cível da Capital, tendo a nosso ver perdido o objeto, considerando que já estamos em vias de novo processo eleitoral.

Foram ainda analisadas, as possibilidades de formação de chapas, considerando a veiculação de dissidência de três diretores da atual gestão, das manifestações do grupo Sem Padrinhos e podemos dizer que fomos contatados no sentido de compor um “bloco de oposição” à atual gestão do sindicato. Após uma avaliação profunda do que significa apoiar ou fazer qualquer composição com os mesmos, o grupo REDE deliberou pela inviabilidade de qualquer composição com esses grupos, por serem propostas antagônicas, pelas práticas até então observadas e pelo desejo de um redirecionamento realmente novo na condução do sindicato, cujos posicionamentos da REDE foram amplamente externados em postagens no nosso blog.

Ficou deliberado o seguinte:

1. A participação da REDE com chapa própria, para concorrer ao SINPOJUD nas próximas eleições;

2. Apesar do curto espaço de tempo, estimular a participação do maior número de delegados possíveis ao V CONSEJUD, visto que é um momento importante de formação sindical e para a definição de rumos da nossa entidade;

3. Abertura de conta bancária para arrecadar fundos para a campanha da REDE;

4. Listagem de 28 companheiros que já se colocaram disponíveis para a composição da chapa, sendo posteriormente apresentada a composição definitiva;

5. Realização de reunião ampliada, que acontecerá em paralelo ao V CONSEJUD, com a possibilidade de já se esboçar a composição da chapa e definição de estratégias de campanha.

Movimento REDE


terça-feira, 10 de julho de 2012

III CONTAJ VERSUS V CONSEJUD


Foi realizado com grande sucesso, entre os dias 13 e 15 de junho no Portobello Ondina Praia Hotel, o III CONTAJ, “Promovendo mudanças que reflitam num judiciário mais justo”.

Para a realização e principalmente para garantir a maior participação possível no congresso, o SINTAJ não mediu esforços para garantir a vinda dos companheiros do interior. Para isso disponibilizou passagens de ônibus, avião e reembolso das despesas com condução própria. Também não cobrou qualquer taxa de inscrição, garantiu hospedagem com as refeições, jantar e show de abertura e um animado forró ao final. Tudo isso sem qualquer custo para os delegados, com a finalidade única de promover uma formação sindical da categoria, com temas de grande relevância.

Já o SINPOJUD, realizará entre os dias 26 a 29 no Hotel Pestana, o V CONSEJUD, “O Judiciário do presente e do futuro”, ainda sem divulgar a pauta dos trabalhos a serem desenvolvidos, mas com exigências descabidas para quem deveria estar realizando um congresso de formação sindical, e que em verdade aprovou um regimento que só inibe e inviabiliza a presença de um número expressivo de participantes. Vejamos:

Define três tipos de participantes:

I - Os membros titulares e suplentes da diretoria Executiva, Conselho Fiscal, Mesa e suplentes do Conselho de Representantes e delegados das Delegacias Regionais;

II - Os delegados de base, eleitos de acordo com o critério do regimento;

III – Convidados, Palestrantes e observadores.

Vale ressaltar a diferença de postura sindical do SINTAJ, que realmente quer a formação e identificação de novas lideranças para a continuidade do movimento sindical com a base ativa, participativa, etc. Por isto, enquanto o SINTAJ nada cobrou, exatamente para estimular a participação que sabemos é difícil, pela falta de consciência político/sindical, o SINPOJUD cobra o valor de R$ 120,00 (cento e vinte reais) para os delegados natos, os eleitos em assembléias e os observadores.

Detalhe: os delegados natos fazem jus aos deslocamentos de suas comarcas e os eleitos têm que bancar os seus deslocamentos.

Os observadores pagam o mesmo valor, sem direito a hospedagem e, não está claro, possivelmente sem refeições.

Assim, pela prática que se conhece das gestões da rainha do Nilo, tudo nos leva a crer que os delegados natos não vão pagar coisa nenhuma, também os delegados eleitos que lhe dizem amém (por falta de qualquer formação sindical), possivelmente serão ressarcidos e finalmente só pagarão os que lhe fazem oposição.

Diga-se de passagem, que a estrutura sindical do SINTAJ deve ser algo no mínimo 5 vezes menor em arrecadação, e mesmo assim foi possível proporcionar aos seus filiados, que se mobilizaram, que se dispuseram a participar, sem que existisse qualquer obstáculo a participação em um congresso rico com debates de grande nível.

Já o SINPOJUD possivelmente terá um congresso esvaziado pelas dificuldades impostas à participação; coisa de quem quer mesmo é reunir os amigos em um fim de semana na Capital para passeios.

Saudações sindicais
João Nazareno Melo da Fonseca

Avaliador Judicial da Capital

Graduado em L. Filosofia, bacharelando em filosofia e Direito,

Pós graduado em Civil e Processo Civil pela EMAB/FBD.
Idealizador, Articulador e Fundador do SINPOJUD,

Hoje filiado ao SINTAJ.